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Ao se aventurar no mundo da musculação, um dos questionamentos que surge com frequência é: qual a melhor divisão de treino para hipertrofia? Essa dúvida é natural, já que a forma como você organiza seus exercícios ao longo da semana pode impactar diretamente nos resultados obtidos.
A divisão do treino refere-se à forma de distribuir os grupos musculares ao longo das sessões semanais, determinando quantas vezes cada músculo será estimulado.
Essa estratégia é essencial não apenas para promover o crescimento muscular, mas também para otimizar a recuperação, prevenir lesões e garantir um desenvolvimento equilibrado.
Neste artigo, vamos descobrir os princípios que fundamentam as divisões de treino para hipertrofia, apresentar diferentes métodos de organização dos treinos e discutir os pontos positivos e negativos de cada um.
Você aprenderá o que é uma divisão de treino, como a frequência, o volume e a intensidade se combinam para potencializar os ganhos e quais são as melhores estratégias disponíveis no mercado desde os treinos de corpo inteiro, passando pelo popular método Push Pull Legs (PPL), até as divisões tradicionais ABC e ABCD.
Se você já se perguntou se vale a pena investir em um treino dividido ou se um corpo inteiro por sessão seria mais eficaz, este guia foi feito para ajudá-lo a encontrar respostas e a elaborar um programa de treino que se adapte às suas necessidades individuais.
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Princípios das divisões de treino para hipertrofia
Entender os fundamentos das divisões de treino é o primeiro passo para criar um programa de musculação que atenda aos seus objetivos de hipertrofia.
Essa seção abordará os conceitos básicos, desde a definição de divisão de treino até a explicação da importância da frequência, volume e intensidade na busca por ganhos musculares.
1- O que é uma divisão de treino?
Uma divisão de treino é a forma como você organiza a distribuição dos grupos musculares ao longo da semana. Em outras palavras, trata-se de como você agrupa os exercícios para trabalhar diferentes partes do corpo em cada sessão.
Essa estratégia tem como objetivo maximizar os estímulos musculares, promover uma recuperação adequada e evitar a sobreposição de esforços que poderiam levar a lesões ou à fadiga excessiva.
Por exemplo, em uma divisão tradicional, você pode dedicar um dia ao peito, outro dia às costas, um terceiro dia aos membros inferiores, e assim sucessivamente. Em outras abordagens, o treino pode ser dividido em movimentos de empurrar (push) e puxar (pull) ou ainda por meio de um treino de corpo inteiro.
Cada método possui suas vantagens dependendo do seu nível de experiência, objetivos e disponibilidade de tempo.
A escolha da divisão de treino está intrinsecamente ligada à forma de estimulação muscular. Treinar cada músculo, uma ou múltiplas vezes na semana, tem impactos diretos na hipertrofia.
Pesquisas e estudos têm mostrado que uma maior frequência de treinamento, ou seja, estimular cada grupo muscular mais de uma vez por semana pode, em muitos casos, favorecer ganhos maiores, desde que haja uma recuperação adequada entre as sessões.
Além disso, as divisões de treino ajudam na variação do estímulo muscular. Mudar a forma de treino pode evitar a adaptação do corpo, que tende a diminuir os ganhos à medida que se acostuma com o mesmo programa.
Dessa forma, a rotação entre diferentes divisões pode ser uma estratégia eficaz para manter o processo de hipertrofia em andamento.
2- Frequência otimizada para hipertrofia

A frequência é um dos fatores mais discutidos quando falamos em hipertrofia. Ela se refere à quantidade de vezes que cada grupo muscular é treinado ao longo de uma semana.
Qual a melhor divisão de treino para hipertrofia? Está diretamente relacionada a quantas vezes você conseguirá estimular adequadamente cada músculo.
Diversos estudos apontam que treinar cada grupo muscular duas vezes por semana pode ser mais benéfico para a hipertrofia, especialmente para pessoas naturais que não utilizam hormônios de anabolismo.
Isso ocorre porque uma maior frequência permite que os músculos recebam estímulos repetidos, estimulando o processo de síntese proteica de forma consistente.
Entretanto, esse aumento na frequência deve ser balanceado com um volume de treinamento adequado e com períodos suficientes de recuperação para evitar o overtraining. Veja também tempo de descanso entre séries para emagrecer.
A escolha entre treinos divididos e treinos de corpo inteiro muitas vezes recai sobre essa relação. Em um treino de corpo inteiro, cada grupo muscular é estimulado em cada sessão, o que pode aumentar a frequência semanal se o treino for realizado 3 vezes por semana.
Por outro lado, divisões tradicionais como o treino ABC ou ABCD geralmente estimulam cada grupo muscular uma vez por semana, a menos que sejam ajustadas para permitir uma segunda sessão de estímulo.
Portanto, a frequência de treinamento deve ser planejada de acordo com a sua capacidade de recuperação, intensidade do treino e objetivos pessoais.
Um planejamento bem estruturado pode prever ciclos de progressão e regressão, otimizando o estímulo para hipertrofia sem sobrecarregar o sistema nervoso ou os músculos.
3- Volume e intensidade na estrutura dos treinos
Outro pilar importante na divisão de treino é compreender como o volume e a intensidade interagem para promover a hipertrofia. Esses dois conceitos definem, respectivamente, a quantidade total de trabalho realizado durante o treino e o grau de esforço aplicado em cada série.
- Volume de treino: Refere-se ao total de repetições e séries realizadas em cada sessão. Um volume maior tende a aumentar o estímulo metabólico e a fadiga local, que são fundamentais para induzir adaptações musculares. No entanto, um volume excessivo sem a adequada recuperação pode levar a sobrecargas e impedir os ganhos desejados.
- Intensidade do treino: Essa variável está relacionada à carga utilizada em cada exercício. Cargas mais elevadas (com menos repetições) enfatizam a força e a tensão mecânica, fatores importantes para a hipertrofia. Já cargas moderadas com mais repetições podem aumentar a fadiga metabólica, outro estímulo para o crescimento muscular. Encontrar o equilíbrio entre essas duas abordagens é crucial para otimizar o crescimento sem aumentar o risco de lesões.
A combinação de volume e intensidade deve ser ajustada conforme o nível de treinamento do indivíduo.
Iniciantes podem se beneficiar de volumes mais baixos e intensidades moderadas, enquanto treinados podem explorar volumes e intensidades mais elevados para continuar desafiando o sistema muscular.
Além disso, a periodização planejamento cíclico do treinamento permite variar esses parâmetros ao longo do tempo, prevenindo a estagnação e maximizando os resultados.
As melhores divisões de treino para hipertrofia
Depois de entendermos os princípios fundamentais que regem as divisões de treino, é hora de explorar as estratégias que têm se mostrado mais eficazes para promover ganhos musculares.
Nesta seção, apresentamos diferentes formas de organizar o seu treino, detalhando suas vantagens e como elas podem ser implementadas de acordo com suas necessidades e disponibilidade.
1- Treino corpo inteiro
O treino de corpo inteiro é uma abordagem que envolve a execução de exercícios para todos os principais grupos musculares em uma única sessão. Essa metodologia é bastante eficiente para quem possui uma rotina de treinos com frequência menor, como três vezes por semana.
Entre os principais benefícios dessa divisão estão:
- Alta frequência de estímulo: Como todos os músculos são trabalhados em cada sessão, eles são estimulados várias vezes por semana, promovendo um estímulo contínuo para a síntese proteica.
- Melhor sinergia muscular: Exercícios compostos e movimentos que exigem a participação de vários grupos musculares simultaneamente ajudam a melhorar a coordenação e o recrutamento muscular global.
- Economia de tempo: Ideal para aqueles com uma rotina apertada, pois permite que você trabalhe todo o corpo com menos sessões semanais.
- Versatilidade: Pode ser adaptado para diferentes níveis de condicionamento físico e objetivos, com variações que vão desde exercícios básicos até técnicas avançadas.
No entanto, o treino de corpo inteiro também apresenta desafios, como a necessidade de planejar bem o volume para que não haja fadiga excessiva e garantir que cada grupo muscular receba estímulo suficiente sem comprometer a técnica.
2- Divisão push pull legs (PPL)
A divisão push pull legs (PPL) é uma das metodologias mais populares entre praticantes de musculação. Ela agrupa os exercícios de acordo com o movimento dos grupos musculares:
- Push (empurrar): Engloba músculos que realizam movimentos de empurrar, como peito, ombros e tríceps.
- Pull (puxar): Foca nos músculos responsáveis por movimentos de puxada, principalmente as costas e os bíceps.
- Legs (pernas): Dedica-se aos músculos dos membros inferiores, incluindo quadríceps, posteriores, glúteos e panturrilhas.
A principal vantagem do PPL é a alta frequência de estímulo e a especificidade de cada grupo muscular, o que favorece a hipertrofia quando a divisão é realizada de forma adequada.
Por exemplo, se você treina seis vezes por semana, cada grupo muscular pode ser estimulado duas vezes, oferecendo um equilíbrio entre o volume e a recuperação.
Além disso, a divisão PPL permite uma organização flexível da semana. Você pode adaptar o número de sessões conforme sua disponibilidade, seja treinando 3 ou 6 vezes na semana.
Essa metodologia também favorece a variação dos exercícios e a utilização de diferentes técnicas de progressão, como dropsets, pirâmides e treinos de força, que podem ser alternadas para manter os ganhos a longo prazo.
3- Divisão abc e abcd
A divisão ABC e sua variação ABCD são métodos tradicionais e muito populares em academias. Essas divisões se caracterizam por isolar grupos musculares em dias diferentes, permitindo que cada um receba um estímulo concentrado.
Divisão ABC: Em um treino ABC, os grupos musculares são divididos, por exemplo, em três dias da semana, onde cada dia é dedicado a um conjunto específico de músculos. Uma configuração comum seria:
- Treino a: Peito, ombros e tríceps
- Treino b: Costas e bíceps
- Treino c: Pernas e abdômen
Divisão ABCD: Essa variação envolve mais um dia de treino, permitindo uma distribuição ainda mais específica. Um exemplo de divisão ABCD seria:
- Treino a: Peito e ombros
- Treino b: Costas
- Treino c: Pernas
- Treino d: Braços, com foco em bíceps e tríceps
Essas divisões são particularmente eficazes para praticantes que conseguem dedicar 4 ou 5 dias por semana ao treino.
A vantagem do ABC/ABCD é a possibilidade de proporcionar um estímulo mais concentrado em cada grupo muscular, permitindo a utilização de uma maior variedade de exercícios e técnicas de isolamento.
Contudo, é importante garantir que cada músculo tenha tempo suficiente para se recuperar antes do próximo estímulo, algo que pode ser otimizado com uma cuidadosa organização do volume e intensidade de cada sessão.
Muitos atletas e treinadores afirmam que, para o público intermediário ou avançado, a frequência ideal é treinar cada grupo muscular pelo menos duas vezes por semana.
Assim, mesmo em uma divisão ABC ou ABCD, pode ser interessante fazer ajustes ou combinar métodos para que não haja (desperdício) de estímulo.
4- Como escolher a divisão ideal para você
A escolha da divisão de treino ideal depende de uma série de fatores individuais.
Não existe uma resposta única que se aplique a todos, pois a melhor estratégia levará em conta o seu nível de experiência, objetivos, disponibilidade de tempo, capacidade de recuperação e até mesmo preferências pessoais. Aqui estão alguns pontos para considerar:
Nível de experiência:
- Iniciantes: Podem se beneficiar mais de treinos de corpo inteiro, pois ajudam a aprender a forma correta dos exercícios e estimulam a adaptação global dos músculos.
- Intermediários ou avançados: Divisões mais específicas, como PPL ou ABC/ABCD, podem permitir um foco maior em determinados grupos musculares, possibilitando uma melhoria mais acentuada na hipertrofia.
Objetivos pessoais:
- Se seu foco principal é o ganho de massa muscular e a definição, uma divisão que permita treinar cada grupo muscular duas vezes por semana pode ser mais eficiente.
- Para quem busca também melhorias na resistência e condição física geral, combinações que incluem treinos de corpo inteiro podem ser uma boa alternativa.
Disponibilidade de tempo:
- Quantos dias da semana você pode se dedicar ao treino? Se a resposta for 3 dias, um treino de corpo inteiro pode ser ideal. Se você puder treinar 4 a 6 vezes por semana, divisões como PPL ou ABC/ABCD se tornam viáveis.
Recuperação muscular:
- Avalie como seu corpo responde ao volume de treino. A divisão ideal deve oferecer tempo suficiente para a recuperação dos músculos, evitando overtraining e lesões. A individualidade biológica influencia fortemente a capacidade de recuperação, e ajustar a frequência dos treinamentos deve ser feito com cuidado.
Preferências pessoais e variedade:
- A motivação é um fator crucial para a continuidade do treino. Escolha uma divisão que você sinta prazer em seguir e que permita variações de exercícios, evitando a monotonia. A rotação periódica entre diferentes divisões também pode ser uma estratégia eficaz para continuar desafiando os músculos e manter o progresso.
Em última análise, a melhor divisão de treino para hipertrofia é aquela que se adapta às suas necessidades individuais e que você consiga seguir de forma consistente.
Muitas vezes, pode ser necessário experimentar diferentes métodos para descobrir qual deles proporciona os melhores resultados para o seu corpo. Lembre-se sempre de que o acompanhamento com um profissional de educação física pode ajudar a ajustar sua rotina de forma segura e eficaz.
Considerações Finais
A escolha da divisão de treino para hipertrofia deve ser vista como uma parte estratégica do seu programa de musculação. Entender os conceitos de frequência, volume e intensidade é crucial para permitir que cada músculo receba o estímulo necessário para crescer, sem sacrificar a recuperação.
Essa abordagem multidimensional permite que você não só ganhe massa muscular, mas também melhore a performance, previna lesões e mantenha a motivação alta.
À medida que você avança em sua jornada, esteja atento aos sinais do seu corpo. Ajuste a intensidade dos treinos e permita períodos de recuperação para que os músculos se reconstruam e se fortaleçam.
Lembre-se de que, por mais que exista uma (melhor divisão) teórica, o que realmente importa é encontrar um equilíbrio que funcione para você e que se encaixe no seu estilo de vida.
O caminho para a hipertrofia é repleto de desafios e aprendizados constantes. Mantenha-se comprometido, acompanhe os resultados e, se possível, conte com a orientação de um profissional que possa personalizar seu treino.
A experimentação e a adaptação são partes naturais desse processo e, com paciência e persistência, os resultados virão.
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